As quatro estações

As flores e as estações

PRIMAVERA

Açucena, amor-perfeito, antúrio, begônia, bela-emília, boca-de-leão, brinco-de-princesa, calêndula, copo-de-leite, centáurea, cravina, crisântemo, dália, dama-da-noite, dedaleira, frésia, gardênia, gerânio, gérbera, girassol, hortênsia, jasmim, lágrima-de-cristo, lírio-da-paz, magnólia, manacá, maria-sem-vergonha, narciso, orquídea, petúnia, prímula, rosa, sálvia, sempre-viva, verbena, violeta, zínia.

VERÃO

Amarílis, angélica, antúrio, áster, begônia, bela-emília, boca-de-leão, brinco-de-princesa, bromélia, copo-de-leite, crisântemo, dália, gerânio, gérbera, girassol, hortênsia, jasmim, lírio-da-paz, madressilva, magnólia, margarida, maria-sem-vergonha, onze-horas, quaresmeira, sálvia, sempre-viva, verbena, violeta, zínia.

OUTONO

Acácia, anêmona, áster, azaleia, begônia, bela-emília, calâncoe, camélia, campainha, crisântemo, dedaleira, flor-de-maio, gardênia, maria-sem-vergonha, quaresmeira, sálvia, tagetes, zínia.

INVERNO

Acácia, amor-perfeito, áster, azaleia, begônia, bela-emília, bico-de-papagaio, boca-de-leão, camélia, cravina, crisântemo, íris, gardênia, lírio, maria-sem-vergonha, orquídea, prímula, sálvia, rosa, tagetes, verbena, zínia.


AS QUATRO ESTAÇÕES NA MÚSICA

Op.8, N.1-4, RV271 - As Quatro Estações - Antonio Vivaldi

Esses quatro concertos para violino e orquestra são parte de uma série de 12 publicados em Amsterdã, em 1725, intitulados Il cimento dell'armonia e dell'inventione. Ao contrário da maioria dos concertos de Vivaldi, esses quatro têm um programa claro: vinham acompanhados por um soneto ilustrativo impresso na parte do primeiro violino, cada um sobre um tema da respectiva estação. 

Música Clássica, Editora Zahar

  • Concerto n.1, "Primavera" (allegro-largo-allegro, 7:30)
  • Concerto n.2, "Verão" (allegro non molto-adagio/presto-presto, 9:15)
  • Concerto n.3, "Outono" (allegro-adagio molto-allegro, 11:15)
  • Concerto n.4, "Inverno" (allegro non molto-largo-allegro, 8:30)

SONETOS

As quatro estações e seus sonetos originais

Opus 8, nº.1

A Primavera

A primavera chegou e, festejando,
Os pássaros a saúdam com seu alegre canto,
E as fontes, ao soprar da brisa,
Jorram em doce murmúrio.
Encobrindo o céu com um negro manto,
Relâmpagos e trovões anunciam a tempestade.
Tão logo ela se cala, os passarinhos
Retomam seu melodioso encanto canoro.
E então, no prado florido e ameno,
Ao agradável murmurar das folhas e plantas
Dorme o pastor com seu fiel cão ao lado.
Ao som festivo da zampogna campestre
Dançam as ninfas e os pastores sob
o amado dossel
Diante da face brilhante da primavera

Opus 8, nº.2

O Verão

Sob a dura estação, iluminada pelo sol,
Langue o homem, langue o rebanho e arde o
Sol a pino
Desdobra o cuco sua voz, bem ouvida,
Cantam a rolinha e o pintassilgo.
O doce Zéfiro sopra, mas uma rixa
Move Borea contra seu vizinho;
E lamenta o pastorinho, porque incerto,
Teme a feroz borrasca: e seu destino.
Arranca dos membros abatidos seu repouso
O temor dos relâmpagos, dos ferozes trovões,
Que movimento das moscas a multidão furiosa!
Ah, infelzimente seu temor foi verdadeiro:
Troa e fulmina o Céu, que grandioso
Arranca as espigas e os orgulhosos grãos.

Opus 8, nº.3

O Outono

Celebra o aldeão com danças e cantos
A grande alegria da colheita feliz
E um tanto aceso pelo néctar de Baco
Termina seus gozos adormecendo.
Faz a todos irromper em danças e cantos
O ar temperado e aprazível.
E a estação convida a todos
A gozar de um dulcíssimo sono.
O caçador, na nova manhã, vai à caça
Com trompas, espingardas e cães que saem
Foge a fera, mas seguem-lhe o rastro.
Já assustada e exausta e com o grande barulho,
Das espingardas e cães, ameaçada, ferida,
Exausta de fugir, mas, acuada, morre.

Opus 8, nº.4

O Inverno

Um tremor gelado traz a neve invernal
As severo soprar do hórrido vento,
Corre-se, batendo-se os pés a todo momento;
E pelo excessivo frio batem-se os dentes.
Restar ao fogo quieto e contente
Enquanto a chuva a tudo molha.
Caminhar sobre o gelo com passo lento
Pelo temor de cair neste intento.
Girar forte, escorregar e cair ao chão,
Novamente sobre o gelo correr com vigor
Sem que o gelo se rompa ou se abra.
Sentir ao sair pela porta ferrada
Siroco, Borea e todos os ventos em guerra.
Este é o inverno, que mesmo assim, traz alegria.

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