Um post sobre Gratidão, Amizade e Vivificação Floral

26/01/2023

Um post sobre Gratidão, Amizade e Vivificação Floral. Recentemente fui convidada por uma amiga cristã para ajudar na decoração da festa de 1 aninho da sua filha. Como ela viu as Ikebanas que fiz na Igreja Católica, disse-me que também gostaria de arrumar as mesas dos convidados com "ikebana", além de enfeitar o salão com bexigas. Nunca havia experimentado fazer arranjos com flores artificiais. Foi uma novidade para mim. Confesso que adorei o resultado final. Quando terminamos de arrumar os vasos nas caixas para serem transportados até o local da festa, ela puxou uma rosa branca do pacote e me deu de presente. Disse que era com todo o carinho para mim. Agradeci e guardei a flor no meu armário de Ikebana. O tempo passou, deu tudo certo na festinha e todo mundo ficou contente e feliz. Hoje, depois de algumas semanas, tive a chance de retribuir o carinho oferecendo de presente um Workshop de Ikebana para ela. Foi muito gostoso passar a tarde compartilhando um pouquinho daquilo que aprendi sobre Ikebana através do Sanguetsu. O primeiro grande desafio foi explicar (em inglês) o significado da palavra Ikebana, que é composta por Ike (proveniente dos verbos ikeru, ikiru e ikassu, que significam respectivamente arranjar flores, tornar vivo, iluminar da melhor maneira possível, transformar em algo mais puro e limpo) + bana (que significa flor em japonês). Só que essa semana tivemos uma aula de Ikebana que deixou bem claro o seguinte: vivificar significa deixar a flor ter vida. Tá. E daí? Lembrei-me dessa explicação e fiquei pensando...Será que vivificar a flor é no sentido de dar uma missão para ela cumprir? Uma espécie de tarefa? Explico. Faço um arranjo e dou de presente para uma pessoa. Enquanto o confecciono, penso: desejo que leve alegria e felicidade para essa pessoa. Pronto. Está dada a missão da flor. Outro exemplo: faço uma Ikebana dentro de uma Igreja e a ofereço em Gratidão a Deus. Pronto. Está dada a missão da flor de irradiar gratidão naquele ambiente e por aí vai...Então, eu acho que vivificar é o porquê. Pergunto: qual é o seu objetivo quando você confecciona uma Ikebana?Meditar? Orar? Relaxar? Alegrar? Para se aprimorar na técnica? Salvar? Curar? Por obrigação?Arte pela arte? Quando manuseio os galhos e as flores colocando-os na água, no vaso e confeccionando a Ikebana; estou recebendo e trocando energia com a Grande Natureza, que é capaz de expressar a força vital do Universo. Dizem que esse é o diferencial do estilo Sanguetsu, que trabalha a parte material (visível) e espiritual (invisível). Ou seja, transforma a pessoa materialista em espiritualista; a egoísta em altruísta e muda para melhor a qualidade dos sentimentos e dos pensamentos daquele que pratica. Mas e a flor artificial? Dá para vivificar? Ela não possui vida no sentido biológico da palavra. Tem matéria mas não tem espírito. Será? Dizem os estudiosos da física que matéria é energia condensada, que são os graus vibratórios da energia que fazem existir tudo o que há no universo. Então, partindo desse ponto, posso ousar dizer que, se ganho uma flor artificial de presente como forma de se expressar gratidão; se a recebo também com sentimento de gratidão e confecciono um arranjo com alegria para homenagear essa amizade; seria este arranjo uma Ikebana capaz de ampliar a consciência de Beleza daquele que o vê? Seria este arranjo capaz também de despertar bons pensamentos e sentimentos? Ele foi feito com flor artificial impregnada de Gratidão...

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